sábado, 18 de julho de 2009

Aspas x Travessão

Estava eu lendo um livro de bobeira, para passar o tempo, quando me deparei com uma questão importantíssima dentro da minha formação psicológica a respeito dos escritos literários.
Um assunto de tal relevância não poderia ser descartado tão facilmente. Evidente que não, é claro.
Quando estou lendo um livro, de bobeira ou não, onde há diálogos, logo reparo na forma como o autor coloca as conversas nos seus lugares (não que isso tenha maior importância). Se há travessão ou aspas.
A reflexão foi muito enriquecedora para chegar a uma conclusão apurada.
Particularmente, prefiro as aspas.
É certo que com elas, muitas vezes, a leitura fica meio confusa.
Sujam o texto, visualmente falando, mas acho que o deixam mais natural. É como se não precisasse "necessariamente" de um sinal indicador da fala porque isso já flui naturalmente.
Travessão tende a dar uma impressão de organização. Só que, é justamente isso que eu não gosto. Quer dizer, é claro que é ótimo quando está tudo muito bem "diagramado". Mas convenhamos, é chato ter que ler aquela narração empolgadíssima, para chegar na hora dos diálogos e ter que abaixar os olhos para um próximo parágrafo, esperar a passagem pelo "traço enorme" para depois, enfim, ler a bendita fala. Isso me tira do sério.
Sem contar que o travessão deixa o texto muito mecânico e sem um andamento livre, é tudo muito "certinho" demais.
Já com as aspas, é possível ler fluentemente (sem nenhuma interrupção desagradável) sem fazer pausa com "dois pontos” e ter que descer um parágrafo só para ler o diálogo.
Resumindo assim, aspas para uma leitura mais dinâmica!!!!